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Dicas de planejamento financeiro para viagens

Você sabe se usar dólar na América Latina é uma boa opção? É melhor levar só dinheiro em espécie, ou fazer um cartão pré-pago? E a compra da moeda estrangeira: melhor comprar tudo de uma vez? Essas são duvidas frequentes de quem viaja para fora do país.

A famosa expressão “Quem converte não se diverte” costuma ilustra bem o dilema financeiro de algumas pessoas que viajam ao exterior.

Acompanhar o dólar antes de uma viagem pode causar calafrios em quem já está de malas prontas e ainda não comprou a moeda estrangeira.

Por isso, fazer o planejamento financeiro com antecedência é a melhor forma de evitar problemas, segundo André Daré, diretor do Itaú Unibanco. 

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Confira abaixo dicas do especialista para curtir a próxima viagem evitando surpresas de última hora, quando se trata de câmbio.

1. Evite comprar moeda estrangeira de uma só vez

Exceto em caso de queda brusca da taxa, a melhor forma é comprar moeda estrangeira aos poucos, seja em espécie ou no cartão pré-pago. É como fazer uma “poupança” para chegar a uma taxa média e sofrer menos com as possíveis oscilações.

Por exemplo: há seis meses, o cliente teria pago R$ 3,43 no dólar em espécie. Hoje, a taxa ficaria em torno de R$ 3,90, com um aumento de cerca de 14%. Considerando que o viajante levaria mil dólares em sua viagem, a diferença chega a R$ 470,00.

2. O que é melhor: dinheiro, cartão pré-pago, cartão de crédito ou débito?

A melhor estratégia para quem viaja ao exterior é combinar diferentes formas de pagamento. Entre as opções disponíveis, é possível levar dinheiro em espécie e um cartão pré-pago e ainda utilizar os próprios cartões de crédito e débito.

Dinheiro em espécie

Esta é sempre uma opção que oferece praticidade e um IOF atrativo (1,10%, contra 6,38% dos cartões). É sempre bom chegar ao país de destino com valores em espécie para poder pagar táxi ou refeições, por exemplo. Porém a recomendação não é levar todo o dinheiro em espécie, pois existe o risco de ter que transportá-lo em mãos.

Cartão pré-pago

Uma alternativa que também tem vantagens, mesmo com o IOF de 6,38%. Você garante a taxa de câmbio do dia da carga/recarga e não tem surpresas com a fatura do cartão. “No final das contas, essa opção funciona como a moeda em espécie e tem a vantagem da segurança em caso de perdas ou roubo. A recarga a qualquer momento pelo computador ou celular é outra vantagem. 

Cartão de crédito e débito

Para André, ao usar o cartão de crédito internacional para compras, o viajante pode se beneficiar com os programas de relacionamento, pontos e milhas. No entanto, existe o risco de oscilações da taxa de câmbio. Vale lembrar que, neste caso, a taxa considerada é a do dia do pagamento da fatura.

O cartão de débito internacional também pode ser utilizado para compras e saques no exterior, porém a taxa de câmbio utilizada é a taxa do dia da transação, trazendo mais previsibilidade do quanto você está pagando. Lembre-se de que ao efetuar saques, uma tarifa pode ser cobrada.

Para as duas opções de cartões, não se esqueça de fazer o aviso viagem.

 

3. E na América Latina, qual moeda devo levar? Dólar ou moedas locais?

Brasileiros que viajam a países na América Latina, como Argentina e Chile, por exemplo, costumam levar dólar em espécie. Embora seja uma prática tão comum, é melhor destinar apenas um pequeno montante nessa moeda. “Há quem leve todo o dinheiro em dólar ou euro para depois trocar pela moeda local no país de destino, causando uma falsa sensação de aumento do poder de compra. Porém, a taxa de conversão acaba tornando o dinheiro mais caro”, afirma André.

Também é bom evitar a utilização do dólar em estabelecimentos comerciais nesses países. “Além de receber o troco na moeda local, a taxa considerada para essa conversão certamente será desvantajosa financeiramente, sendo definida conforme o critério de cada estabelecimento”, acrescenta o especialista.

A compra de moedas locais ou “exóticas”, ou seja, aquelas que não são encontradas com facilidade no Brasil (como o Peso Argentino), também não é indicada para que seja feita em território nacional. “Como são moedas desvalorizadas, o cliente não percebe as taxas abusivas aplicadas pelas casas de câmbio, podendo ficar até seis vezes mais caras se compararmos com uma moeda bastante comercializada – com  o dólar, por exemplo”, explica André. Por este motivo, a dica é comprar um cartão pré-pago em dólar e utilizar o cartão diretamente no país estrangeiro. Na transação entre as duas moedas não é cobrada margem de lucro nos cartões pré-pagos em alguns bancos. André também afirma que o cartão Itaú Travel Money, comercializado no Itaú Unibanco, disponibiliza este benefício aos clientes da instituição.  

Além disso, caso você tenha uma sobra da moeda estrangeira, você pode facilmente vender em território nacional ou guardar para a próxima viagem. No caso de voltar ao Brasil com moedas exóticas, dificilmente você conseguirá uma boa taxa de câmbio para vendê-las nas casas locais.

 

4. Avalie os locais para comprar moeda estrangeira

Uma forma segura e cômoda é realizar a operação dentro de aeroportos e shoppings. Embora algumas casas de câmbio cobrem taxa de conveniência nesses locais, em alguns bancos as taxas são as mesmas praticadas em qualquer agência. “Temos agências bancárias nos aeroportos do Galeão e Santos Dumont (Rio de Janeiro) e de Cumbica (São Paulo), além de shoppings em todo o Brasil, que não fazem distinção de taxa de conveniência ou custo adicional pela localização”, indica André.

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